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Repórter quer processar servidor que a agrediu: “Racismo explícito e cruel”

Repórter ainda se recupera do trauma que passou ao fazer uma reportagem em um posto de saúde na Baixada Fluminense

A repórter Julie Alves e o cinegrafista Vângelis Floyd Ferreira foram vítimas de agressão e racismo por Clodoaldo Silva de Souza, diretor da Unidade Médica de Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense . Ainda sem superar o episódio, a apresentadora revelou que pretende processar o servidor.

“É muito difícil se recuperar psicologicamente de um fato como este que nos abala muito. Recebi muitas ligações de amigos e familiares preocupados com a minha integridade, mas eu preciso trabalhar. Tenho dois filhos para criar e só quero fazer o meu trabalho. Quero ser respeitada. O racismo existe, não é velado. Esse episódio é um racismo explícito e cruel. Espero que esse crime que aconteceu comigo, sirva de exemplo para outros colegas não abaixarem a cabeça e não deixarem que ninguém o diminua pela sua cor. Eu e o cinegrafista estamos conversando sobre isso para procurar um advogado e irmos atrás de nossos direitos”, iniciou Julie Alves , contratada do CNT Rio , em entrevista à revista Quem.

De acordo com a jornalista , o câmera entrou no posto e ela foi em seguida. No percurso, o homem teria dito.“Vai gravar sua macaca?. Vai gravar seu gordão?’”. Em seguida, o servidor teria dado um tapa no braço dela e derrubou o microfone da repórter no chão.

“Depois de toda a confusão, que ele veio para cima da gente, eu e o cinegrafista fomos levados para uma sala, que estávamos passando mal, e lá dentro estava a secretária de saúde, Rosilene Moraes dos Anjos, e o funcionário dela entrou depois para nos intimidar e nos ameaçou, mais uma vez, dentro do gabinete. Foi quando saímos e fomos levados pelo Samu para outro hospital. Tive uma crise de nervoso e pressão arterial alterada”, relata ela, que depois foi até a 63ªDP (Japeri) registrar um boletim de ocorrência.

Com passagem no SBT e na Rede TV! , onde atuou como repórter da Sonia Abrão , Julie lutou muito para se formar em Jornalismo. Apesar da experiência no jornal comunitário, a repórter nunca escondeu seu sonho de trabalhar na TV.

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