Delas

John DeLuca e Rob Maschall, respectivamente produtor e diretor de A Pequena Sereia (2023), explicaram por que houve uma mudança no final do live-action em relação à animação original. O remake da Disney acabou de estrear nos cinemas, e os fãs já perceberam várias diferenças entre as duas versões da história, começando pela duração mais longa do remake. No entanto, uma dessas modificações foi explicada pelos membros da equipe da produção. Na animação de 1989, Ariel se apaixona pelo Príncipe Eric, embora tenha passado poucos dias ao seu lado e nem tenha conversado propriamente com ele. Quando a sereia recupera sua voz e consegue ficar com suas pernas permanentemente, os dois se casam ao final do filme. Contudo, de acordo com os cineastas que comandaram o live-action, a segunda versão da história preferiu focar mais no desenvolvimento da relação entre o casal e não em um desfecho com uma cerimônia de casamento. Falando com o Slash Film, Marshall e DeLuca explicaram a decisão. “Bem, pensamos sobre isso, mas achamos que era importante que a união que eles criam fosse algo que realmente iniciasse o processo de cura entre esses dois mundos”, disse o diretor. “…nós realmente queríamos que o relacionamento fosse o mais importante e que eles realmente se conhecessem como amigos – uma amizade muito profunda”, completou John. “Portanto, não era apenas se apaixonar por um cara bonito ou pela garota bonita. O casamento, nós não mostramos o casamento. Nós realmente não temos um casamento porque não queríamos que fosse o objetivo final. Não, é o relacionamento. Eles estão saindo juntos e se aventurando juntos”.

Rob Marshall, o diretor de A Pequena Sereia, falou sobre a escalação de Halle Bailey para o papel de Ariel e esclareceu que a escolheu puramente baseado no talento da estrela. O remake da Disney chegou aos cinemas esta semana e a sua protagonista tem recebido muitos elogios por sua atuação, sendo considerada por muitos o destaque do filme. Em uma entrevista ao Deadline, o diretor do live-action deixou claro que estava procurando uma Ariel independente de sua aparência, alguém que o emocionasse. De acordo com Marshall, Halle chamou a sua atenção de maneira avassaladora antes mesmo de sua audição. “Vi Halle pela primeira vez no Grammy, quando tínhamos acabado de começar a busca pelo elenco”, ele contou. “Estávamos procurando em todos os lugares, e não havia uma agenda para escolher uma mulher não-branca. Apenas queríamos encontrar a melhor Ariel”. “E então vi essa bela criatura, cantando como um anjo no Grammy. Eu pensei, quem é essa? A chamamos para uma audição. Eu não tinha ideia se ela sabia atuar, mas pensei, ela é tão etérea e de outro mundo. E quando ela cantou ‘Parte do Seu Mundo’, no final da música, eu estava em lágrimas. Nem mesmo estava ciente de que estava chorando. Ela estava tão profundamente conectada à emoção da música. Você sabe, ela simplesmente tem uma profundidade natural em si.”